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1951 - SEPARAÇÃO DAS OBEDIÊNCIAS SIMBÓLICA E FILOSÓFICAS


A 23 de maio de 1951, o Grão-Mestre Geral, Joaquim Rodrigues Neves, sancionava, através do Decreto nº 1.641, a nova Constituição do Grande Oriente do Brasil, pela qual passava, como dizia o decreto, "a reger-se a Maçonaria Simbólica Brasileira". E isso porque a reforma --- que é o que realmente foi feito, em 1951 --- da Constituição de 1938 fazia com que o Grande Oriente do Brasil voltasse a ser uma Obediência estritamente simbólica, separando-se das Oficinas Chefes de Rito, entre as quais a principal era o Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito.

    O artigo 25 dessa nova Constituição era claro --- e bem diferente do texto constitucional anterior (1) --- ao afirmar:

    "As Oficinas regidas por esta Constituição e pelas Leis, Regulamento Geral e Regimentos particulares dela derivados, formam entre si uma Federação que, sob a denominação de Grande Oriente do Brasil, constitui a Maçonaria Brasileira, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, Capital da República dos Estados Unidos do Brasil, maçonicamente denominada Poder Central, sendo a suprema e exclusiva autoridade simbólica da Ordem Maçônica no Brasil".

    No artigo 70, são asseguradas as relações com as Oficinas Chefes de Rito, ressalvando, porém, a exclusiva autoridade do Grande Oriente do Brasil sobre os graus simbólicos:

    "O Grande Oriente do Brasil, considerada Maçonaria Brasileira, Potência Simbólica universalmente reconhecida, considera as Grandes Oficinas Litúrgicas, que funcionam no Palácio Maçônico, como reguladoras dos ritoa praticados no Grande Oriente ; com elas mantem relações da mais estreita amizade e tratados de reconhecimento, mas não divide com elas o Governo dos três primeiros graus, baseados na lenda de Hiram, que exerce na mais completa independência em toda a sua vasta jurisdição".

    Cessavam, portanto, a partir dessa Carta Magna, não só a esdrúxula e irregular mistura do simbolismo com os Altos Graus (2)  --- que propiciavam, em Loja Simbólica, o uso de paramentos desses graus e a aposição do grau em livro de presenças --- como, também, os inconcebíveis privilégios de que gozavam os portadores de Altos Graus nas Lojas Simbólicas, como, por exemplo, honras protocolares equivalentes às de autoridades do simbolismo e entrega do malhete, pelo Venerável Mestre a qualquer obreiro colado --- no caso do Rito Escocês Antigo e Aceito --- no 18º grau, ou superior, o que é absolutamente irregular, perante os princípios maçônicos universais.

    A partir daí deixava, legalmente, o Grão--Mestre, de exercer, cumulativamente, os cargos de presidente das Oficinas Chefes de Rito, como acontecia anteriormente (sendo o REAA o mais difundido, o Grão-Mestre tinha o título de Soberano Grande Comendador Grão-Mestre).

Em função disso, o Grão-Mestre Joaquim Rodrigues Neves licenciou-se do cargo, assumindo o de Soberano Grande Comendador e entregando-o ao Grão-Mestre Adjunto, José Marcelo Moreira, que havia sido eleito a 20 de fevereiro de 1948.

Notas 
1. O texto anterior, de 1938, inserido no artigo 26, era:
    "As Lojas ou Oficinas, regidas por esta Constituição e pelas Leis, Regulamento Geral e Regimentos particulares dela derivados, formam entre si uma Federação, sob o título de --- Grande Oriente do Brasil ---- o qual, com o Supremo Conselho, que lhe é unido, constitui a Maçonaria Brasileira, cuja sede e foro são na cidade do Rio de Janeiro, maçonicamente denominada --- Poder Central".
2. Tem sido muito usado, através dos tempos, no Brasil, o termo "filosofismo", para designar o universo, ou sistema dos Altos Graus, por analogia com simbolismo, vocábulo que designa o sistema formado pelas Lojas Simbólicas, sob a jurisdição de um Grão-Mestre. Esse termo, todavia, deve ser evitado, pois "filosofismo", no idioma vernáculo, significa falsa filosofia, mania de filosofar. Como termo pejorativo, ou depreciativo, é, portanto, inadequado o seu uso em Maçonaria.

José Castellani

25 de Abril "O Dia Nacional do Rito Brasileiro"


Ao tempo que se comemora o DIA NACIONAL DO RITO BRASILEIRO, há de fazer uma reflexão analógica ante aos compromissos maçônicos por nós assumidos nos diversos graus filosóficos do Sistema Brasilista.

O Brasil maçônico possuía até 1914, cinco Ritos, todos egressos da Europa, oriundos do século passado, fundados em Nações detentoras de Impérios Coloniais, tais como Grã-bretanha, França, Alemanha e Portugal. Cumpriram galhardamente o grande papel em trazer para o Brasil a Maçonaria Universal e aqui muito realizaram.

Entretanto com a fundação do Rito Brasileiro em 1914 por Lauro Sodré, pode-se dizer que foi consagrada à maioridade maçônica do Brasil, pela autodeterminação a que se propõe o Rito Brasileiro quando afirma conciliar a Tradição com a Evolução, impondo a consciência do povo maçônico do Brasil.

Sabemos que o Rito Brasileiro propõe ser o Rito da Renovação, servindo a legenda do GOB “Novae Sed Antiquae, isto é, antiga porém nova, exigindo assim, o convívio da Tradição com a Evolução, porque o Espírito Maçônico evolui com o tempo, o que nos leva a relembrar a afirmativa do Ilustre Filósofo e Teólogo Dinamarquês Sorem Kiergaard: A vida só pode ser entendida olhando-se para frente.

Nós maçons do Rito Brasileiro, vemos dentro e fora da jurisdição nacional, porque nosso Rito é, sem favor, o Rito da Renovação Maçônica, ele que é a maçonaria ambígena, como foi dito pelo Professor Álvaro Palmeira, sendo simultaneamente Contemplativa e Militante. Por esta razão em face do mundo exterior, temos que demonstrar AÇÃO, sair da inércia e não ficar olhando os fatos acontecerem. Abramos os nossos Rituais e recordemos os compromissos assumidos de cada grau.

A história contemporânea do Rito Brasileiro é a própria história de maçons ilustres que obstinadamente, desfraldaram a Bandeira Nacional e a transportaram para dentro do Templo Maçônico, não isoladamente como símbolo Augusto da Nação, mas como a própria Nação dentro da Maçonaria.

A Maçonaria espera do Rito Brasileiro que seja um guardião do sentimento cívico e patriótico que são fundamentais para a construção de um Brasil melhor e para preservação de nossos valores morais, pois, numa sociedade de consumo em que vivemos, um irmão as vezes não conhece mais outro irmão com seus valores morais, éticos e culturais. A evolução social caminha a passos largos para a neurose coletiva, ante graves problemas tais como: a fome, o tóxico, o menor abandonado, a poluição ambiental e ecológica, a criminalidade, a violência, a injusta distribuição de renda, a corrupção desenfreada, o assalto continuo às riquezas nacionais, etc., etc.

Cabe, portanto, aos Irmãos Brasilistas uma grande parcela de responsabilidade na condução do rebanho universal. Os compromissos assumidos em todos os graus são simbólicos, Poderosos Missionários, devem estar sempre presentes em nossas mentes para que os nossos atos não falhem.

O Rito Brasileiro não veio somente para trabalhar para hoje, para isto, torna-se necessário extirpar a falsa alquimia do meio maçônico, a vaidade e ostentação de graus, assim como os dogmas pessoais e a tola magia, substituindo-os pela verdadeira filosofia, e com sabedoria o espírito maçônico despertará para a sustentação do futuro alicerçado nas antigas tradições. É premente a revitalização do ideal maçônico. Já abordamos nesse assunto noutras oportunidades e temos a certeza e convicção de que o atingimento desse ideal será facilmente alcançado se conjugarmos esforços por uma Maçonaria Militante assentada sobre a verdadeira razão dissociada do falso misticismo e da superstição.

O Rito Brasileiro também não veio para formar uma determinada classe de maçons, porque, se assim fosse, seria superficial. Seu objetivo é o de unir os homens pelo aperfeiçoamento e prepará-los para o terceiro milênio, agrupando-se homens de todas as tendências em torno de um único ideal, cada um dando o que pode e recebendo o que não usurpa.

O Rito Brasileiro que eu entendi, não comporta o preconceito, a inveja e o sectarismo, ensinamento básico da Maçonaria Universal.

Somente refletindo profundamente seremos capazes de contemplar a obra acabada. O Rito é sem duvida a Maçonaria do amanhã que começou quando nasceu, assim, como a vida já existia quando o homem não conhecia a morte.

Em todo Sistema Brasilista, ou seja, nos seus trinta graus afetos à Potência Filosófica oferece ao maçom uma formação completa. Efetivamente, forma o homem como VALOR MORAL, e HOMEM SOCIAL, e o HOMEM CÍVICO, fechando a cúpula com o SERVIDOR DA ORDEM E DA PÁTRIA,  quando então estará preparado para esta grande missão, a de servir, ai sim, então poderá dizer que de fato Viu a Maçonaria.

Todos que se alinham honrando e engrandecendo o Rito Brasileiro, merecem a homenagem de nosso bem querer e de nosso respeito. Não importa o que sejam, que vale é o bem e que de bom os irmãos fazem, e que, tenhamos em cada canto do Brasil, do continente, do mundo, uma loja do Rito Brasileiro elevando mais a Maçonaria Universal.

Façamos, pois, a nossa participação vigorosa no momento que se passa. Sejamos o Sal da Terra de que falou o Grande Iniciado.

Meus Irmãos após estas colocações, retornamos aos fatos históricos que levaram identificar a data de 25 de abril como sendo o dia do Rito Brasileiro.

Curioso é, a priori, não ser o dia de sua fundação (23/12) ou mesmo o dia de sua reimplantação (19/03), mas como sabemos tudo tem razão de ser, e esta não seria diferente.

O estabelecimento desta data decorreu do resultado de estudos e pesquisas realizadas por abnegados irmãos da Magna Reitoria, tendo levantado todas as datas dos diversos eventos ao longo de toda história do rito e, fazendo-se uma avaliação dos fatos, verificou-se que de nada adiantaria ter sido o rito fundado e reimplantado sem que de fato fosse colocado em prática, como fora outrora no período de 1914 a 1968.

É interessante notar que o Decreto 124 de 25 de agosto de 1970, instituiu o DIA NACIONAL do Rito Brasileiro como sendo o dia 7 de setembro, no sentido de reverenciar a emancipação política do Brasil.

Por outro lado, o Regulamento Especial do Supremo Conclave do Brasil (Art. 41) instituiu o dia 24 de maio como o DIA DO RITO BRASILEIRO, concluindo tinha duas datas, ou sejam, uma como DIA NACIONAL (7/09) e outra DIA DO RITO (24/05).

Diante dessa situação, a Oficina-Chefe do Rito resolveu definir efetivamente a data e, por ocasião da realização da I Convenção Nacional do Rito – 18/20 outubro 1974, Rio – foi feita a regulamentação de que consta do artigo 42 do Regulamento Especial reconhecida no dia 21 de setembro de 1976, data esta da aprovação do Regulamento Especial do Rito, hoje em vigor, como sendo O DIA NACIONAL DO RITO, o dia 25 DE ABRIL, que também comemora-se a fundação do Supremo Conclave do Brasil.

Mas, o principal marco de sua efetiva existência no meio maçônico, como elo de ligação da Potência Filosófica – Oficina-Chefe do Rito, o Supremo Conclave e a Potência Simbólica, o Grande Oriente do Brasil, que o adotou, foi sem dúvida o advento da fundação da Primeira Loja Simbólica sob a jurisdição do Grande Oriente do Brasil, e, esta ocorrera exatamente no dia 25 de abril de 1968, numa quinta-feira de lua crescente sob o signo de touro regido por Vênus tendo como seu elemento da natureza a TERRA, quando vários irmãos assinaram a ata de fundação da Augusta Respeitável Loja Fraternidade e Civismo nº 1796 ao oriente do Rio de Janeiro Palácio do Lavradio cuja regularização se deu no dia 24 de maio do mesmo ano.

A importância desta data é de fundamental relevância, pois, com esta homenagem dada à Loja Primaz do Rito, consolidou o fato como sendo o cordão umbilical que une as duas Potências Maçônicas – Filosófica e Simbólica.

Portanto, devemos render nossas mais sinceras homenagens de congratulações à feliz idéia e sábia decisão tomada pelos nossos dirigentes e que a renovação proposta pelo Rito seja sólida e crescente na forma preconizada nos ensinamentos doutrinários.

Assim, saudemos numa só voz,
Com um viva a maçonaria do Brasil,
Salve a Fraternidade entre nós,
Viva o Vinte e Cinco de Abril.

Sursum Corda
José Reinaldo de Melo
Goiânia - GO

Fundação do SUCRES - Supremo Conselho do REAA - Sul Americano


A Maçonaria Sul Americana esta em festa, no dia 21 de Abril de 2007 foi fundado o
SUCRES-Supremo Conselho do REAA - Sul Americano. 

    Com muita pompa e brilhantismo, com Irmãos vindos de norte a sul do Brasil e do Exterior, este momento único ficará marcado na vida daqueles que estiveram presente e puderam viver este momento único.

    A GLUSA em sua Sede Magistral foi a anfitriã deste evento magnífico, ocasião em que foi eleito e empossado seu primeiro Soberano Grande Comendador, Ir.'. Weber A. Varrasquim e foram investidos os primeiros Grandes Inspetores Gerais do REAA que irão formar o corpo administrativo do Novel Supremo Conselho.

    Abaixo algumas fotos que marcaram o evento e em outra oportunidade estaremos divulgando as fotos no site próprio do Supremo Conselho do REAA-Sul Americano.


Na foto acima, momento em que os Sobrinhos Lowtons formavam a abóbada de aço para a recepção do Pavilhão Nacional


Na foto acima foto que registra todos os convidados presentes.



A foto acima registra o sucesso e a magnitude do que foi a fundação do
Supremo Conselho do REAA -Sul Americano - SUCRES

A todos os Irmãos Maçons espalhados pela superfície da terra, é dado a saber que a maçonaria brasileira e sul americana se fortalece e estabelece mais um marco na História da Ordem Maçônica Mundial.

Nossos agradecimentos à todos que se fizeram presentes e, principalmente àqueles que acreditaram que este sonho pudesse ser possível e o fizeram real.

Campo Grande - MS – Brasil