A SEGUNDA VIAGEM: AS CINCO ORDENS DA ARQUITETURA


A segunda viagem é dedicada à arte da ARQUITETURA, base simbólica da Maçonaria pois, além de considerar a arte de construir, como princípio operativo, considera um conjunto arquitetônico a formação da personalidade humana, incluindo o seu caráter, aspecto moral, intelectual e, essencialmente, o espiritual.  

 Qualquer “obra” ou “construção” maçônica deve orientar-se pelas regras Arquitetônicas e, sobretudo, suas obras devem ser bem projetadas, fortes, perfeitas no terreno das Colunas, três ordens, originais ou primitivas e que foram batizadas com o nome dos locais gregos de origem:Dóricas, Jônicas e coríntias.

 Posteriormente, na Itália, os Pedreiros Livres da Idade Media inventaram duas ordens secundárias: Toscana e compósita.

 A Arquitetura moderna aumentou em mais sete ordens, as terciárias: Ática, ou quadrada: Salomônica; Gótica; Rostrada; Abalaustrada; Embebida; e Solta ou Isolada.

A decoração dos Templos Maçônicos emprega quase que exclusivamente as cinco primeiras ordens de Colunas.

Cada degrau que sobe o Companheiro encontra-se adornado com uma das cinco Colunas, nos degraus estão escritas as iniciais e denominações, a saber:
 D:        Dórica, “Debex”,                  Que significa União.
J:         Jônica, “Jophi”,                    Que significa Beleza.
C:        Coríntia, “Cheved”,              Que significa Grandeza.
T:        Toscana, “Thokath”,            Que significa Força.
C:        Compósita, “Chilliah”,          Que significa Perfeição.

 As Colunas também representam os cinco ramos ou temas de estudo a que se dedica o Companheiro: Inteligência, Retidão, Valor, Prudência e Filantropia.  
 
 Inteligência, faculdade  inata do homem, que o faz discernir, entender, aprender, perceber, compreender, descobrir, etc....

Retidão, aplica-se ao homem reto e justo, aquele que conhece os seus deveres e obrigações, que trabalha com conhecimento exato e justificando seus atos através dos seus mais puros raciocínios.

Valor, é qualidade moral, que eleva o homem e o impele às obras arriscadas sem temer os perigos, usando porém de prudência para não cair em sacrifício extremo.
Prudência, uma das quatro virtudes cardeais e que consiste na arte de saber distinguir as boas das más ações, aplicando conscientemente a temperança, a cordialidade e critério; a sensatez, o juízo moderado e a tolerância.

Filantropia, acentuado amor à humanidade, o desejo de executar boas obras sem esperar qualquer recompensa; Socorrendo o necessitado com verdadeira Caridade, sem humilhação e sobretudo em vanglória.

 Portanto, como vimos, a Maçonaria tem as suas bases para os seus ensinamentos simbólicos, na Arquitetura material, moral, física, social, intelectual e espiritual.

 Como Material, usa a gama infinita dos símbolos fornecidos pela Geometria, Aritmética e Trigonometria.

Como Moral, uma técnica de Vida, para uma formação perfeita da personalidade como indivíduo e como chefe de família.

Como Física, a estrutura do corpo humano, na aparência de um indivíduo equilibrado em temperança e educador, “mens sana in corpore sano”.

Como intelectual, a investigação sobra tudo, mormente a Natureza e o próprio Universo.

Como Social, o interesse na construção da Sociedade, da qual é membro.
Como Espiritual, a aproximação ao seu Criador, o seu Grande Arquiteto, a sua espiritualização.

A arquitetura fornece a linguagem maçônica e a instrução simbólica, pois dentro dos seus emblemas, símbolos e alegorias, o Companheiro encontrará os “meios” para a sua evolução, ou seja, a possibilidade de transpor, em sua jornada, o caminho que o conduzirá ao mestrado.

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BIBLIOGRAFIA:
CAMINO, Rizzardo – Simbolismo do Segundo Grau
BOTELHO, Heitor – O companheiro Maçom – O Vigilante e seu Pupilo.
FONSECA, Gilson – Trabalho de Exaltação.
AFONSO, B. Germano – Arqueoastronomia Brasileira.
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