V.I.T.R.I.O.L.



 
As letras da palavra VITRIOL(O), era também atribuída como divisa dos antigos Rosa-Cruzes, e seu significado é:
 
VISITA INTERIORÆ TERRÆ, RECTIFICANDO INVENNIES OCCVLTVM LAPIDEM
VISITA O INTERIOR DA TERRA, RETIFICANDO (POLINDO, DESBASTANDO) ENCONTRARÁS A PEDRA OCULTA.

O plural de VITRIOL é VITRIOLVM, que leva a outro acróstico (VERVM MEDICINAM)  remontando à verdade, a verdade absoluta.

Vitriol se trata de uma antiga fórmula alquímica e hermética, é um acróstico ( que é a composição poética que as letras iniciais, mediais ou finais de cada verso formam uma palavra ou frase)  é um composto utilizado pelos alquimistas com designação  atual a qualquer sulfato, especialmente o ácido sulfúrico que pelos alquimistas era utilizado como CATALISADOR (acelerador de uma reação química).

Trata-se de descobertas das forças maiores, de poderes do homem, chegando à percepção do EU real como matéria e como espírito. Este princípio nos leva a expressar os reflexos mais íntimos dos nossos pensamentos e das nossas atitudes sendo uma propriedade exclusiva do espírito onde a sua essência guia a razão, regulando as ações. É pela qual podemos através da união como um todo, sermos no mundo onde nos relacionamos melhores e verdadeiros.

Para se apreender a pensar e preciso exercitar . Tal processo antigamente era considerado como descer ao inferno (centro da terra), para nós maçons deve significar "conhecer a si mesmo" na razão da palavra, deve-se conhecer a sua essência mais íntima e será nessa escuridão interna que nascerá a luz tênue da nossa consciência.

Tudo na realidade pela minha percepção começou quando fui escolhido pelo meu padrinho que neste momento se mostra como um garimpeiro e retorna ao centro da terra me chamando para Maçonaria por ter a certeza de ter encontrado a pedra bruta ainda oculta que se transformará em cúbica quando terminar de ser lapidada. Ao ser escolhido sou sim levado a encontrar o meu próprio EU, onde deverei vencer minhas paixões, submeter minhas vontades, pois somente assim farei enormes progressos na procura do meu Eu da minha reforma íntima, olhando a minha auto-estima meus anseios, desejos e defeitos, fazendo enormes progressos no meu âmago e na maçonaria.

Esta viagem quando descemos ao centro da terra e somos levados ao nosso eu interior, nada mais é do que permitir ao profano poder codificar tudo novamente o que somos e para que servimos, onde estamos e no que ajudamos, de onde viemos e para onde vamos, neste momento começamos a enxergar que temos  como objetivo retificar nossos pensamentos, vigiar nossas atitudes, analisar nossos costumes romper os nossos vícios e enaltecer a nossa moral, pois para os nossos familiares aparentemente nada mudou pois somos aparentemente os mesmos após sermos iniciados, no entanto a mudança e realmente interior pois no momento em que estamos em reflexão e após assistir uma nova iniciação você realmente enxerga que somente na sua iniciação você começou naquele momento a ver a luz.

Mesmo sendo uma pedra preciosa cheia de imperfeições, que foi garimpada por um padrinho, tirada do centro da terra para poder enxergar a luz quando foi indicado, no momento da nossa reflexão na câmara de reflexões, mesmo sem saber o significado do V.I.T.R.I.O.L. tudo te leva a meditar a pensar a rever o seu filme de vida e ver como o diretor em certos pontos errou e em outros também se orgulha de ter acertado, hoje defino sim como uma infinita reforma íntima, uma infinita busca do seu verdadeiro Eu e uma enorme satisfação em poder ser melhor e poder servir a todos os dias mesmo que o servir seja um simples sorrir.
E esta pedra ainda cheia de arestas quando se tornar Cúbica deverá permitir ao verdadeiro Maçom saber que encontrou o seu verdadeiro EU, onde a partir deste instante nos tornamos enormes como corpo, gigantes como Espírito e infinitos como Alma.
Sendo verdadeiramente Maçom
 
IR Wladir Eduardo Primerano -  AM
 
 
Bibliografia;
A SIMBÓLICA MAÇONICA         -         JULES BOUCHER