Cadeia de União
O Termo Cadeia de União só se tornou conhecido internacionalmente após a fundação do Escritório Universal da Maçonaria, escritório este que inicialmente era uma entidade privada do Irmão Eduard Quartier La Tenti, Grão_mestre suíço em 1902.
O termo cadeia e prisão são sinônimos e portanto "Cadeia de União" quer dizer "prisioneiros de um amor fraterno universal", lembrando que os maçons encontram-se presos aos seus Irmãos na solidariedade do bem comum e do crescimento espiritual. Quando da formação da Cadeia de União, o contato mental é instantâneo, o que quer dizer, nenhum "elo" permanecerá isolado e fora do todo, tendo esta formação mental e a Palavra Semestral o dom mágico de unir elos esparsos. A palavra união encontra o seu sentido no Salmo 133: Oh! Quão bom e quão suave é que os Irmãos vivam em união.
Na era nuclear em que vivemos fica claro que uma série de átomos ligados entre si formam uma cadeia. Dentro de nossa Ordem, a Maçonaria representa esse átomo e os maçons a cadeia de elementos, formando um só símbolo "O Homem Universal". Os elos da Cadeia de União são os mesmos de uma cadeia comum mental, isto é, os elos interligados entre si embora individualmente soltos, procedendo como os elementos do próprio átomo que conservam sua individualidade e personalidade, mas, quando em cadeia estão unidos sem estarem soldados entre si.
O objetivo primário da Maçonaria é unir os Irmãos de tal forma que possam parecer um só corpo, uma só vontade, um só espírito, formando um Templo coeso, compacto, uma massa só, de partes teregogêneas formando um todo, uma só instituição. Deste modo não diminui nem absorve personalidades isoladas, como o Universo que também subsiste como um todo, tem perfeitamente individualizado cada átomo, cada parte de que é composto. Os maçons, portanto, quando estão unidos pela Cadeia de União, não estão absorvidos nem diluídos, mas ligados através da soma das forças físicas e mentais, existindo individualmente no todo.
O corpo humano através de seu sistema nervoso registra excitações que vêm do mundo externo e seus órgãos e músculos dão a estes estímulos as repostas apropriadas. Por isso tem o homem grande capacidade receptiva e esta só existe desde que ao seu lado exista um corpo doado, pois não existe receptividade sem que haja doação. A união destas duas "forças" completam o ciclo da natureza durante a Cadeia de União, onde as trocas são realizadas através dos nervos periféricos, também chamados de nervos sensitivos, que ao receberem as mensagens pela superfície do corpo e dos órgãos dos sentidos são enviadas para os demais órgãos pelo sistema simpático. é desta forma que os Irmãos quando unidos pelo corpo em "CAdeia", coloca-se submetidos a uma constante troca de excitações provocadas pelo toques mentais que as células nervosas têm condições de captar. Como podemos ver, recepções e doações de energia não passam de simples permuta, havendo, após determinado lapso de tempo, perfeito equilíbrio onde ninguém mais terá a dar ou receber. Haverá neste instante uma só identidade que denominamos de a "Vida em União", que pode ser compreendido com exatidão na palavra do Divino Mestre: "Eu e o Pai somos um". As permutas não são meramente psicológicas mas de conteúdo físico, pois a "energia" que se desprende de um pode passar para outro e vice-versa, como verdadeira corrente.
Portanto, formar a Cadeia de União apenas semestralmente com a finalidade de transmitir a Palavra Semestral, seria proporcionar aos membros de uma Loja escassa atividade espiritual.
Ir Francisco Alberto Matias
Loja Acácia de Taboão da Serra 309
Taboão da Serra-SP