Estrela Flamejante 2



A estrela pentagonal é conhecida desde os tempos remotos, quase pré-históricos, pois era a representação da maneira aparente com que os astros distantes apresentam‑se no céu (os corpos celestes, esferóides, pelo fenômeno de refração do ar parecem tremeluzir, o que lhes dá aspecto de estrela com várias pontas).

Entre os Egípcios, era a imagem do filho de Ísis e do Sol, autor das estações e emblema do movimento; desse órus, símbolo dessa matéria primária, fonte perene de vida, dessa centelha do fogo sagrado, semente universal de todos os seres.

Quem deu o nome de estrela flamejante ao pentagrama foi o teólogo e médico Enrique Comélio Agrippa de Netesheim, que também se dedicava à magia, à alquimia e a filosofia cabalística e que era natural de kholn (Colônia), nascido no final do século XV.

O termo flamejante é preferível a flamígero, pois flamígero (do latim "filamigerus") é o que traz, provoca, ou gera chamas, enquanto que flamante, ou flamejante (do latim "flammantis") é aquilo que é brilhante, resplandecente, ardente, abrasado, mais de acordo com o aspecto da estrela.

Na Maçonaria, a Estrela Flamejante só foi introduzida nos meados do século XVII, na França, pelo Barão de Tschoudy, criador do rito Adoniramita; Maçonicamente, o símbolo é relacionado com os Pitagóricos, não se podendo esquecer, todavia, que Pitágoras era dedicado à magia. Sendo a Maçonaria uma obra de luz, é evidente que, nela, a Estrela Pentagonal tem apenas raios voltados para cima, simbolizando a figura de um homem, em. Sua alta espiritualidade (sendo, por isso, chamada de estrela nominal); na posição invertida, nela se inscreve a figura de um bode, ou de um homem de cabeça para baixo, simbolizando a materialidade, ou a animalidade.

No templo maçônico, a Estrela Flamejante está colocada entre o sol e a lua, de modo a, com eles, formar um triângulo. A Estrela Flamejante irradia a luz do sol e da lua mostrando que a inteligência e a compreensão procedem igualmente da razão e da imaginação. Ela é colocada sobre o altar do segundo vigilante, e o representa.

O Companheiro coloca‑se sobre essa estrela, em cujas pontas repousa sua cabeça, seus braços abertos e suas pernas abertas; são as pontas humanas; nesse momento, por ainda, o companheiro nada pode criar, a sua sexta “ponta viril”, é omitida.

Cada uma das cinco pontas dessa estrela representa os sentidos físicos; quando a Estrela Flamejante é iluminada, os sentidos passarão a ser os do universo de dentro, ou seja, os espirituais. A Estrela Flamejante possui luz própria, por ser um astro, mas essa luz, para o profano e para o Aprendiz, é invisível.

A Estrela Flamejante simboliza o poder gerador da natureza e a chama provocadora da sabedoria; é o símbolo máximo do Companheiro.