A Estrela Flamejante



estrela-símbolo tem sua origem entre os sumerianos, na antiga Mesopotâmia, onde três estrelas, disposta em triângulo, representavam a trindade divina : Shamash, Sin e Ichtar (Sol, Lua e Vênus). Entre os antigos hebreus, toda estrela pressupõe um anjo guardião; e, segundo a concepção chinesa, cada ser humano possui uma estrela no céu.

A Estrela de Cinco Pontas, presente também como um dos símbolos da magia e ainda nos ritos de diversas correntes iniciáticas e místicas, ainda é chamada de Estrela Pentagonal ou Pentalfa, palavra formada por penta (cinco) e alfa, a primeira letra do alfabeto grego e letra inicial dos vocábulos gregos utilizado para designar: ver, ouvir, meditar, bem agir e calar (ATREO, AISTO, ADALESQUE, AGATOPOEIRO e ABAQUIDZI), cujo símbolo é a Estrela Flamejante. As cinco virtudes que devem ornar o Companheiro Maçom, também são simbolizadas pelas iniciais do Pentalfa, pois o perfeito Companheiro deve ser amável, benéfico, incorruptível, casto e severo (AGANETOS, AGELASOS, AGATHOERGOS, ADIAFITHORTOS e AGNOS). Ela foi difundida por Pitágoras, que também se dedicava à magia, alquimia e à alquimia cabalística, que deu orígem às Escolas Pitagóricas,



A divisão de uma circunferência em 2, 3, 4, 6, 8 partes iguais e o problema da inscrição nela de polígonos regulares de 3, 4, 6 ou 8 lados não apresentava dificuldades para os matemáticos da Grécia antiga. Mais difícil era o problema da divisão da circunferência em 5 ou 10 partes iguais. Essa questão geométrica foi enfrentada com sucesso por Pitágoras que chegou à construção do pentágono e do decágono regulares inscritos numa circunferência.

Na magia, a Estrela de Cinco Pontas, ou Pentagrama, tem como missão principal, testemunhar a obra que está sendo feita e muda de significado segundo a sua posição. Quando colocada com sua ponta isolada para cima ela significa teurgia. ATeurgia, dedica-se às obras de luz. Ensina o homem a relacionar-se com os planos superiores da espiritualidade, abrindo-lhe caminho para os grandes segredos do esoterismo. Com a ponta isolada voltada para baixo significa goécia. Goécia é a arte de realizar malefícios e encantamentos, também chamada de magia negra, nigromancia e feitiçaria, que se dedica às obras das trevas. É a parte experimental da magia, que, através de determinados processos, busca desenvolver, no homem, o poder para exercer o domínio sobre as entidades do astral.

O ocultista Eliphas Levi explica o significado da Estrela Pentagonal da seguinte forma:

"O pentagrama é o signo da onipotência e da autocracia intelectual. O signo do Verbo feito carne e, segundo a direção dos seus raios, este símbolo absoluto em magia representa o bem ou o mal, a ordem ou a desordem, o cordeiro bendito de Ormuz e de São João, ou o bode de Mendés. É a iniciação ou a profanação, a vitória ou a morte, a luz ou a sombra. Elevado no ar, com duas pontas para cima, representa satã, ou o bode da missa negra; com apenas um dos raios para cima, é o Salvador. O pentagrama é a figura do corpo humano, com quatro membros e uma única ponta, que deve representar a cabeça. Uma figura humana, de cabeça para baixo, representa, naturalmente, o demônio, ou melhor, a subversão intelectual, a desordem, a loucura".

Quem deu o nome de Estrela Flamejante ao Pentagrama foi o teólogo e médico Enrique Cornélio Agrippa de Neteshein, no final do século XV, que também era dedicado á magia, à alquimia e à filosofia cabalística. Na Maçonaria, este símbolo só foi introduzido nos meados do século XVIII, na França, pelo barão de Tschoudy, que também era ligado ao ocultismo, e que foi o criador do Rito Adonhiramita, bem depois da fundação da Primeira Obediência Maçônica Mundial, a Grande Loja de Londres, criada em 1.717. Antes disso a Estrela Flamejante era totalmente desconhecida dos antigos Maçons de ofício e dos primeiros aceitos.

Não foram todos os Ritos que adotaram o Pentagrama como Estrela Flamejante. Apenas o Rito Adoniramita e todos os que se inspiraram nele adotam a estrela de cinco pontas. O Rito de York, por exemplo, adota a estrela de seis pontas, ou Hexagrama.

A Estrela Flamejante, seja Pentagonal ou Hexagonal, é assim chamada, por ser resplandecente, brilhante e vistosa; representa o planeta Vênus e deve ficar, no templo maçônico, entre o Sol e a Lua ou, mais precisamente, no meio-dia, ou coluna do Sul. Está colocada entre esses dois corpos celestes de modo a, com eles, formar um triângulo. Em seu centro traz letra G, que reúne diversas interpretações tanto na Cabala como na Maçonaria e requerem uma longa dissertação para citá-las.

A Estrela Flamejante é adotada como o símbolo do Comp\ para que ele possa, assim como ela, tornar-se um foco ardente, fonte de Luz e Calor. A generosidade de seus sentimentos deve incentivá-lo a devotar-se sem reservas, mas, no entanto, com o discernimento de uma inteligência verdadeiramente esclarecida e aberta a todas as compreensões, de modo que possa interpretar os elementos fundamentais do Simbolismo, aprendendo a vivê-los e realizá-los com utilidade e proveito, não se esquecendo nunca que cada Grau é o aprofundamento dos conhecimentos do Grau de Ap\, que é a base do conhecimento Maçônico.

Para encerrar este trabalho do Grau de Comp\espero, que ao terminar este período de aprendizado eu tenha adquirido as virtudes e os conhecimentos que me tornarão digno de ser exaltado ao Sublime Grau de M\M\ para continuar aperfeiçoando meus conhecimentos em busca do engrandecimento do meu espírito.