• Introdução
• Primitivamente os Símbolos que caracterizavam as Reuniões Maçônicas nos canteiros de obras eram desenhados no chão. Em geral, eram representados as ferramentas dos Maçons Operativos, as Colunas e o Pórtico do Templo de Salomão.Posteriormente, quando os maçons passaram a se reunir em locais fechados, especialmente em tavernas, a prática de se desenhar no chão foi sendo substituída – em razão dos desenhos em algum caso não se apagarem com facilidade após o término da Sessão ou por danificarem o assoalho do estabelecimento – por desenhos em Painéis de tecido, semelhantes a pequenos tapetes, que após o término da Sessão eram enrolados e ficavam sob a guarda de um dos Iir.’.
• Desenvolvimento
• Descreveremos os elementos no painel atual adotado pelo GOB, e faremos em seguida algumas considerações sobre cada elemento que o compõe
• A Orla Denteada – Simboliza a atração Universal, através da Fraternidade.
• O Pavimento Mosaico – Simboliza a harmonia dos contrários
• Os cinco degraus – Simbolizam a idade do Companheiro, o tempo necessário para o aprendizado teórico e prático da construção do edifício social a que se propõem os Maçons
• As Colunas “B” e “J” e os seus Capitéis –As colunas apresentam-se intumescidas em suas bases afilando-se em direção ao capitel (lembrando uma “garrafa de boliche”), como em uma coluna egípcia, apresentam em seus fustes inscrições com caracteres desconhecidos, há quem diga que seja de origem fenícia. A altura de trinta e cinco côvados, com um capitel de cinco côvados, perfazendo quarenta côvados de altura.A Coluna J, presidida pelo S.’. V.’., sentam-se os Companheiros, cujo nome é Jaquim,segundo o Ir.’. Albert Mackey, Jaquim ou Jachim se deriva de “Jah”, equivalente a “Jeovah” e de “achin” que quer dizer “estabelecer”, formando “Deus estabelecerá”, e significa estabilidade, firmeza, sendo esta a P.’. S.’. do Grau 2. A Coluna B, presidida pelo P.’. V.’., sentam-se os Aprendizes, recebeu o nome de Booz ou Boaz, se compõe de “b” que significa”em” e de “oaz” que quer dizer”em fortaleza”, que significa em força, com força, solidamente. Booz é também a P.’. S.’. do grau de Aprendiz e Boaz foi o Bisavô do Rei Davi.Assim, da direita para a esquerda, como fazem os judeus, Jaquim Booz significa”Deus estabelecerá em fortaleza”, segundo versão católica, a tradução formam a frase:”(Deus) dá estabilidade com força”. E por fim, os Capitéis, que nada mais é que o coroamento de uma Coluna, adornado por globos, com mapa terrestre no capitel da coluna B, e por mapa celeste no capitel da coluna J.
• O Pórtico – O Pórtico é a entrada da Câmara do Meio, a entrada por onde se tem acesso ao Santo Sanctorum ou Santo dos Santos, exibindo inscrições em hebraico, quatro letras que formam o tetragrama sagrado, temos a letra Iod-Hé-Vau-, correspondente ao nosso alfabeto a: Y, J ou a I-H-W ou V-H. Significa “ Aquele que é”:Jeová(JeHoWah), ou Javé(JahWeH), ou Iavé(YaHWeH). Sendo assim,é o umbral da Luz, a porta de entrada para o atingimento da Perfeição e o conhecimento da verdade.
• A Corda com Três Nós - Representam as três fases ou etapas da vida: a Infância, a Juventude e a Maturidade. As duas borlas pendentes representam a Força e a Beleza e todos esses atributos ou virtudes, são necessários para se chegar a Verdade.
• As Três Janelas - Representam as três Luzes da Loja: O V’. M.’.,é a Sabedoria, o P.’. V.’., a Força, e o S.’. V.’., a Beleza.
• O Maço e o Cinzel – A associação do Maço e do Cinzel nos indica que a Vontade e a Inteligência, a Força e o Talento, a Ciência e a Arte, a Força Física e a Força Intelectual, quando aplicadas em doses certas, permitem que a Pedra Bruta se transforme em Pedra Polida.
• A Régua de 24 Polegadas e a Alavanca - A Régua representa a Retidão do caráter e a Exatidão de conduta, e nos lembra que não devemos perder tempo na ociosidade, planejando para as vinte quatro horas do dia,representa a divisão do dia entre trabalho, oração, repouso e estudo; a Alavanca, símbolo da força, firmeza da alma, da coragem inquebrantável do homem independente, do poder invencível que desenvolve o amor pela liberdade e do poder do trabalho, serve para vencer a resistência da inércia e possibilita o desempenho de grandes tarefas, sob o ponto de vista intelectual, exprime a segurança da lógica e a força da vontade, que se tornam irresistíveis quando emanam da inteligência isenta da justiça. É também a imagem da filosofia, cujos princípios invariáveis não permitem fantasias nem superstições.
• A Pedra Bruta – É o símbolo da alma jovem, onde o Aprendiz se esforça para vencer as dificuldades do mundo material, desbastando a Pedra Bruta, polindo-a, educando a si próprio, para ocupar o seu lugar na Construção Social a que o Maçom se propõe, representa os Aprendizes.
• A Pedra Polida – É o símbolo do Grau de Companheiro, trabalhando no polimento da pedra, com a ajudado Esquadro, do Nível e do Prumo (Retidão, Moralidade,Igualdade,Equilíbrio e Prudência), de bruta a polida, até que se transforme em cúbica,, na forma hexaédrica perfeita, símbolo da perfeição, ideal de todo Maçom.
• A Prancheta – Representa os Mestres
• O Esquadro e o Compasso - A posição do Esquadro e do Compasso sobre o L.’. L.’. no A .’. dos J.’. , determina o Grau em que a Loja está trabalhando. No Grau de Companheiro, o esquadro e o Compasso se apresentam entrelaçados, com o Esq.’. na posição do Gr.’. - ponta dir.’. do Comp.’. sobre o Esq.’.. Simbolizando que, o Companheiro já atingiu um estágio evolutivo de equilíbrio entre Materialidade e Espiritualidade. A haste livre do Compasso pretende demonstrar que a mente turvada por preconceitos e convenções que impediam o Aprendiz de livremente pesquisar e procurar a Verdade, começa a se abrir e o Companheiro, com certa liberdade de raciocínio, encontra-se no caminho de se tornar um Livre - Pensador, que lhe possibilitará encontrar a Verdade.
• O Nível – Simboliza a Igualdade
• O Prumo – Simboliza o Equilíbrio, a Prudência e a Retidão.
• A Espada – Simboliza a Igualdade e também o Poder e a Autoridade. Simboliza ainda a Coragem, a Lealdade e a Honra.
• A Trolha ou Colher de Pedreiro – Simboliza a virtude da Tolerância e também serve para glorificar o Trabalho, o Trabalho Perfeito do Maçom.
• O Sol, a Lua - Simbolizam o antagonismo da Natureza que gera o equilíbrio, pela conciliação dos contrários.
• As Estrelas – Quando em número de sete representam o número mínimo de Iirm.’. que deverão estar presentes para se abrir uma Loja e ainda as sete artes e Ciências Liberais. Quando em número indeterminado representa a Universalidade da Maçonaria.
• A Estrela Flamígera ou Famejante - Está representada com cinco pontas, derivam respectivamente, do latim flammantis, que significa” que expele chamas” e “flammigerus”, que gera chamas. É o símbolo distintivo do Grau de Companheiro, que conhece a fórmula”E.’. V.’. A .’. E.’. F.’., o Iniciado que já atingiu um certo estado de espiritualidade e de iluminação que permite que sua mente esteja aberta a todas as compreensões, em nosso ritual, consta: “Contemplai esta Estrela misteriosa(aponta para a Estr.’. Flamig.’.), e nunca a afasteis do vosso espírito. – Ela é, não só o emblema do gênio que leva à prática das grandes ações, mas, também, o símbolo do Fogo Sagrado com que nos dotou o G.’. A.’. D.’. U.’. , e sob cujos raios devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a equidade.
• A letra G – Está no centro da Estrela Flamígera, a letra – Iod – que é o mesmo que a letra G – traduz o nome do Criador Incriado e Auto-Divino, e também representa a Geometria, que é a ciência da Construção fundamentada nas aplicações infinitas do Triângulo, e segundo nosso ritual, têm múltiplo significado: “Geometria, porque o Mac.’. tem que ocupar um lugar polido no Edifício Social; porque ela faz a obra da Vida; Gravidade, porque há uma força irresistível que une os Iir.’.; Gênio, porque o Mac.’. pesquisa a Verdade, e aspira a sempre subir, aprimorando-se; Gnose, porque inquire as Verdades Eternas.
• Conclusão
Os Painéis sintetizam os mistérios de cada grau, estudando, analisando cada Símbolo, descobriremos a riqueza histórica, e evolução da Maçonaria Universal, adentraremos com maior facilidade, polindo as imperfeições inerentes a todos seres humanos, do Neófito ao mais alto Grau Hierárquico, estudo, prática,estudo e prática, engrandece o Iniciado na Arte Real.