Ufologia - Parte I


UFOLOGIA – PARTE I

Ir.•. Vagner Fernandes
Loja Fênix de Brasília

HISTÓRIA E TEXTOS SAGRADOS

 Nosso sol é apenas uma entre 125 bilhões de estrelas que existem em nossa galáxia. E a nossa galáxia, a via Láctea, não passa de mais uma entre 10 bilhões que já foram descobertas.

A Ufologia[1] vem encantando mais e mais pessoas em todo o mundo. A razão é simples: Os pesquisadores, contra as mais diversas forças, investigam fatos, entrevistando pessoas e recolhendo materiais, que apresentam à sociedade para que possam avaliar. A sociedade reconhece isso e prestigia os ufólogos. Em qualquer pesquisa comum pode-se notar a opinião pública positiva com relação à Ufologia. Ninguém é dono da verdade absoluta. Todos estamos na mesma caverna, assim como descreveu Platão, e só vemos sombras do que é a realidade absoluta.

Há séculos o homem sonha e especula sobre a existência de vida além da terra e as histórias daqueles que viram UFOs[2] ou contataram seres alienígenas desafiam a ciência ortodoxa e colocam em dúvida versões cada vez mais absurdas dos governos, que insistem em afirmar que não se interessam pelo assunto. É claro que muito do que vemos é engano, mas a pequena porcentagem inexplicável é a que realmente importa.

O termo Flying Saucer ou Disco Voador foi criado por Kenneth Arnold em 1947, quando observou uma formação de UFOs que ultrapassaram seu pequeno avião nas proximidades do monte Rainier/EUA a uma velocidade estimada de 2000 Km/h.

Naturalmente, é hora dos IIr.•. perguntarem: E o que isso tem a ver com a maçonaria? E eu vos respondo: Sou um modesto pesquisador que, apartado de dogmas e superstições, busca a Verdade usando as bases científicas para trazer à luz informações que causem reflexão, e rogo ao G.•.A.•.D.•.U.•. que ao final possamos juntos concluir que acrescentamos algo mais ao nosso conhecimento.

A Arqueologia, através do estudo científico do passado da humanidade, mediante os testemunhos materiais que dele subsistem, revela evidências de que a terra pode estar sendo visitada por seres extraterrestres desde as mais remotas épocas.

Apesar da imaginação do homem primitivo ser pouco desenvolvida, este demonstrava um acurado senso de observação. Exemplo disto são as pinturas deixadas em cavernas em todo o mundo com desenhos de animais e representações do seu dia-a-dia. Porém, existem cavernas onde podem ser encontrados desenhos que se assemelham ao que hoje, nós chamamos de discos voadores.

Numa caverna localizada ao sudoeste da França foi encontrada esta pintura, que foi datada como sendo de 3.000 A.C.
 

 
A pintura rupestre ao lado, datada de 2.000 A.C., foi encontrada no Ubesquistão. Nela vê-se à esquerda  um astronauta com algo circular em sua mão, e ao centro um ser com capacete provido de antenas observando um OVNI, que produz fumaça.

Fica a pergunta: como um artista, há 4000 anos atrás, teria "inspiração" para desenhar astronautas e um disco voador, assunto que só ficou latente há 56 anos?
 
Alguns defensores da teoria dos antigos astronautas acreditam que essa pintura rupestre australiana, de mais de 5.000 A.C., representa viajantes espaciais extraterrestres com capacetes. Uma figura notavelmente semelhante (foto menor), do ano 6.000 A.C., encontra-se no outro lado do mundo na região do Tassili, no deserto do Saara.
 
 
 
 
 
Em Abydos, no Egito, foi encontrada uma placa em metal polido à base de bronze. Nela, entre inúmeras curiosas figuras, pode-se ver claramente desenhos de objetos que se parecem com um avião e um helicóptero, feitos há mais de 4 mil anos.

Famoso no meio ufológico, o monumento de El Baul é impressionante pelos detalhes que apresenta. Localizado na cidade de Santa Luzia Cotzmalguapa, na Guatemala, mostra um deus com capacete e algo como um tanque de oxigênio nas costas.
 

Dezenas de hipóteses já foram levantadas à cerca de quem elaborou e por que teria feito as fabulosas "linhas" e "figuras" geométricas de Nazca. Porém nenhuma parece ser conclusiva.

São cinqüenta quilômetros povoados de formas geométricas, figuras de animais e supostas "pistas de aterrissagem".

Em 1968, um polêmico livro transformou a cidade de Nazca num centro de peregrinação de esotéricos. Erich von Däniken, suíço e gerente de um hotel nos Alpes publicou o livro "Eram os Deuses Astronautas?".

Em seu livro, Erich relaciona uma série de mistérios do passado à presença de extraterrestres entre as civilizações antigas. Uma página e meia dedicada a Nazca fez com que a cidade entrasse nos roteiros turísticos de milhares de visitantes do mundo todo.

O fato é que tendo sido feitos por extraterrestres ou não, nada explica até agora o fato de certas imagens de centenas de metros só serem visualizadas do alto.
 
Na Iugoslávia, num monastério da cidade de Detchani, por volta de 1350 este afresco foi produzido e ganhou o nome de  "A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS CRISTO".
 
 
 O pintor italiano Fillipo Lippe criou esta pintura no Século XV, e chamou-a "A MADONA E SÃO GEOVANINO". Nota-se claramente um objeto no céu ao fundo, sendo observado por uma pessoa.

Os mapas do Almirante turco Piri Reis, que viveu no Séc. XVI, foram encontrados no início do Século XVIII, no Palácio Topkapi, Istambul. Os mapas mostram as Américas, o oeste da África e a Região Antártica, esta última, representada na parte inferior do mapa, corresponde quase perfeitamente à massa de terra que desde a última era glacial não é visível, e que só há pouco tempo foi revelada por meio de sonares. Estudiosos ficaram intrigados com o mapa, já que só seria possível tal precisão com imagens geradas a grande distância no espaço.
 
 Como ficou demonstrado até aqui, os estudos sugerem a possibilidade de terem ocorrido visitas de extraterrestres na mais remota antiguidade e sua interação com habitantes terrestres de então.

Esse conceito leva em consideração que cada sociedade, em diferentes épocas, via de forma diversa e adequada às suas limitações de conhecimento e entendimento os objetos voadores não identificados. Não é de se estranhar, então, que antigos povos vissem fenômenos perfeitamente comuns, como o raio, o trovão e outros mais, como manifestações divinas.

No entanto, registros escritos, pictóricos e de tradição oral de muitos povos, levam a crer que inúmeros fenômenos vistos então não se encaixam naquilo que poderíamos chamar de naturais.

Talvez os relatos mais impressionantes sejam os textos sagrados no oriente e no ocidente. Com o desenvolvimento da escrita, ficou mais fácil registrar fatos para a posteridade com mais detalhes. Os Sumérios com sua escrita cuneiforme registraram sua origem extraterrestre afirmando que seus deuses vieram do 12º planeta, chamado Nibiru, que gira ao redor de nosso sol a cada 3600 anos, e deixaram registrados conhecimentos astronômicos impressionantes; por exemplo: eles descreveram Plutão, um planeta que só foi descoberto pela ciência em 1930.

Nos concentraremos inicialmente na Bíblia, onde os pesquisadores sugerem uma infinidade de relatos de contatos com OVNIS e seus ocupantes desde o Pentateuco até o novo testamento. É importante citar que o Vaticano possui, desde 1935 um observatório astronômico nos arredores de Roma e acaba de construir outro bem mais sofisticado em Tucson – Arizona(EUA).

Fica óbvio que as suposições aqui feitas não têm o objetivo de ferir qualquer crença ou opinião, mas tão somente lançar mais uma semente neste campo fértil. Como um dos objetivos dessa análise é encontrar as citações de possíveis encontros com OVNIs ou extraterrestres contidos na Bíblia, iniciamos pelo Gênesis, onde lemos a história de Enoque, que foi levado por Deus[3] e também o texto Filhos de Deus, que tomaram as filhas dos homens[4]. No Livro do Êxodo, quando os filhos de Israel foram guiados por uma coluna de nuvem de dia e uma coluna de fogo à noite[5] ou a presença de Deus na Tenda da Revelação[6], ou mesmo quando Moisés, ao receber as Tábuas da Lei pela segunda vez, ficou com seu rosto resplandecente[7].

Os anjos são mencionados em todas as escrituras como missionários do Céu. Até o Êxodo, os Israelitas não tinham uma religião organizada; durante o período de quarenta anos que passaram naquela região inóspita, os anjos ensinaram-lhes uma opinião de um outro mundo: O Reino dos Céus. Eles orientaram o povo sobre o valor do amor, dos mandamentos e da crença na vida eterna. Esses seres angelicais apresentaram-se em formas resplandecentes ou em áureas de nuvens e com grande poder, como vemos na defesa de Jerusalém contra o Rei da Assíria.[8] Foi um anjo também que alimentou Daniel na cova dos leões[9], entre muitos outros acontecimentos em que os emissários do G.•.A.•.D.•.U.•. se manifestaram. Uma citação das mais interessantes e intrigantes está no Livro de Ezequiel. [10]

Sem dúvida, sendo ou não uma espécie de nave, algo extraordinário e divino aconteceu com Ezequiel, e para ele era a visão da glória de Deus.

  No livro do Gênesis a palavra anjo aparece outras vezes, desde Abraão, passando pela destruição de Sodoma e Gomorra, quando salvaram Ló e sua família, e ainda na escada de Jacó, quando em sonho ele vê muitos anjos. Mas outros livros também do Velho Testamento citam a presença de anjos em situações bastante ativas.

Já no 2º Livro dos Reis os estudiosos supõe que Elias foi levado ao céu por um objeto fantástico[11], sob o olhar atônito de Eliseu.

A presença de Deus entre nós àquela época era mais física e contundente, e seus emissários chegavam mesmo a vencer batalhas sozinhos. Não resta dúvida que, ao descrever tais ações, os escribas usavam os termos adequados a seu tempo.

Já no Novo Testamento, a vinda do Filho de Deus é acompanhada de perto pelos anjos desde sua concepção, passando pela morte e ressurreição. A Vida e Paixão de Jesus Cristo é repleta de acontecimentos extraordinários.

Outro terreno muito fértil para as pesquisas sobre acontecimentos ufológicos ligados à história da humanidade são os Evangelhos Apócrifos, aqueles que não foram incluídos na Bíblia pelo Concílio no Século IV, que decidiu pelo uso de apenas quatro evangelhos no Novo Testamento. Nos Apócrifos lemos, por exemplo que a alimentação da então gestante Maria, mantida no Templo, foi feita diretamente por um anjo. No Livro dos Segredos de Enoch ele é levado aos céus pelos anjos e após visitar vários céus ele retorna à terra e conta tudo quanto viu a seus filhos, dizendo que após receber o bálsamo de Deus seu corpo não mais precisa de alimento ou qualquer coisa da Terra, entre dezenas de textos nesses evangelhos que dão margem a tais interpretações.  

Sempre que procuramos textos ancestrais que façam referência a esse assunto chegamos aos relatos escritos mais antigos do mundo - alguns derivados das escrituras orientais conhecidas como Vedas, muitos deles ainda não traduzidos do sânscrito.

No poema épico indiano mahabharata, por exemplo, encontramos os relatos freqüentes das naves dos deuses, as Vimanas, meio de transporte usado na grande batalha descrita na mais extensa obra literária universal. As Vimanas podiam vencer distâncias enormes, mover-se de baixo para cima, de cima para baixo e de trás para diante. Veículos espaciais com uma dirigibilidade de causar inveja! Nossa citação baseia-se na tradução de N. Dutt, Inglaterra, 1891:"...Por ordem de Rama, o carro maravilhoso subiu com enorme estrondo para uma montanha de nuvens...";"... Bhima voou com sua Vimana num raio imenso, que tinha o clarão do sol e cujo ruído era como o trovejar de um temporal...". O texto descreve com horror uma arma que podia matar todos os guerreiros que usassem metal no corpo: “...quando os guerreiros eram informados a tempo da presença dessa arma, arrancavam de si todas as peças de metal que levavam, mergulhavam num rio e lavavam cuidadosamente seus corpos e tudo aquilo com que tivessem contato. A arma causava o efeito de fazer cair os cabelos e as unhas das mãos e dos pés...” Tudo que era vivo, lamenta ele, tornava-se pálido e fraco.

No 8º livro está, talvez, o primeiro relato sobre o lançamento de uma bomba de hidrogênio: "...Gurkha, a bordo de uma possante Vimana, arremessou um único projétil sobre a cidade tríplice..." A descrição assemelha-se com a explosão da primeira bomba H no atol de Bikini: - fumaça branca incandescente, dez mil vezes mais clara que o Sol, teria elevado-se com brilho imenso e reduzido a cidade a cinzas.

Num dos seus cânticos lê-se: "..os Vimanas tinham a forma de uma esfera e navegavam nos ares pelo efeito do mercúrio, que causava um grande vento propulsor..". "..os homens, alojados nos Vimanas, podiam assim percorrer grandes distâncias num tempo maravilhosamente curto..".

Os livros tibetanos Tantjua Kantjua mencionam máquinas voadoras pré-históricas, que chamam de "pérolas do céu". Os livros acentuam expressamente que esse saber era secreto e destinado aos iniciados. No Samarangana Sutradhara há capítulos inteiros em que são descritas naves aéreas, de cujas extremidades emanavam fogo e mercúrio.

Não poderíamos deixar de citar os antigos monumentos dos povos pré-colombianos, egípcios, europeus e asiáticos, deixados por civilizações que já não mais existem. No entanto, as construções ainda estão lá, com referências astronômicas, matemáticas, químicas e biológicas que intrigam aqueles que se debruçam sobre elas.

É fácil perceber que embora a ufologia como um todo seja muito instigante, é um assunto por demais polêmico, visto que, se fossem confirmadas algumas das informações aqui descritas, vários dogmas religiosos, culturais e científicos sofreriam grandes mudanças.

Como se nota, os estudiosos do tema sugerem uma conexão entre muitos acontecimentos da história humana com habitantes de outros mundos. Compartilhando esse ponto de vista, essência do pensamento moderno, não queremos de modo algum afrontar crenças e dogmas. Estas linhas teorizam que a Criação Divina é muito maior do que podemos conceber e a Busca da Verdade é um ideal da Sublime Ordem, do qual não devemos nos afastar.
 
I Coríntios Cap. 13
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
 
 Brasília, DF, 14 de abril de 2003 (E.•.V.•.)
 
VAGNER FERNANDES
M.•. M.•. – Loja Fênix de Brasília
 

 

 

Bibliografia:



As Naves Espaciais de Ezequiel
Josef F. Blumrich
Grandes Enigmas da Humanidade
The Orygins of Man
NBC
Maps of the Ancient Seas
Charles H. Hapgood
Eram os Deuses Astronautas?
Erich Vonn Danniken
Bíblia Sagrada
Enciclopédia Barsa
Mahabharata
Tantjua Kantjua
Os Astronautas de Yaveh
J. J. Bennitez
O Décimo Segundo Planeta
Zecharia Sitchim


[1] Ciência, estudo ou tratado acerca dos óvnis.

[2] UFO: Abreviação do Inglês Unidentified Flying Object – Objeto Voador Não Identificado

[3] Gênesis Cap. 5
22 Andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos; e gerou filhos e filhas.
24 Enoque andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus o tomou.

 [4] Gênesis Cap. 6
2 viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.

 [5] Êxodo Cap. 13: - Moisés guiando os filhos de Israel pelo Egito:
21  E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna e os dois para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.

22 Não desaparecia de diante do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite.

 [6] Êxodo Cap. 40 e Números 9 - Após prepararem o Tabernáculo a Bíblia descreve:

34 Então a nuvem cobriu a tenda da revelação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo;

36  Quando, pois, a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, prosseguiam os filhos de Israel, em todas as suas jornadas;

37  se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam até o dia em que ela se levantasse.

38 Porquanto a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.

 [7] Êxodo Cap. 34 – Moisés recebe pela segunda vez as Tábuas da Lei
5 O Senhor desceu numa nuvem e, pondo-se ali junto a ele, proclamou o nome Jeová.
30 Quando, pois, Arão e todos os filhos de Israel olharam para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia, pelo que tiveram medo de aproximar-se dele.

 [8] II Reis Cap. 19
35 Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles: e, levantando-se os assírios pela manhã cedo, eis que aqueles eram todos cadáveres.

 [9] Daniel Cap. 6
22 O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, e eles não me fizeram mal algum; porque foi achada em mim inocência diante dele; e também diante de ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.

 [10] Ezequiel Cap. 1
1.        Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo que emitia de contínuo labaredas, e um resplendor ao redor dela; e do meio do fogo saía uma coisa como o brilho de âmbar.

2.        E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem;

3.        cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas.

4.        E as suas pernas eram retas; e as plantas dos seus pés como a planta do pé dum bezerro; e luziam como o brilho de bronze polido.

5.        E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e todos quatro tinham seus rostos e suas asas assim:

6.        Uniam-se as suas asas uma à outra; eles não se viravam quando andavam; cada qual andava para adiante de si;

7.        e a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e à mão direita todos os quatro tinham o rosto de leão, e à mão esquerda todos os quatro tinham o rosto de boi; e também tinham todos os quatro o rosto de águia;

8.        assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas em cima; cada qual tinha duas asas que tocavam às de outro; e duas cobriam os corpos deles.

9.        E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam.

10.     No meio dos seres viventes havia uma coisa semelhante a ardentes brasas de fogo, ou a tochas que se moviam por entre os seres viventes; e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos.

11.     E os seres viventes corriam, saindo e voltando à semelhança dum raio.

12.     Ora, eu olhei para os seres viventes, e vi rodas sobre a terra junto aos seres viventes, uma para cada um dos seus quatro rostos.

13.     O aspecto das rodas, e a obra delas, era como o brilho de crisólita; e as quatro tinham uma mesma semelhança; e era o seu aspecto, e a sua obra, como se estivera uma roda no meio de outra roda.

14.     Andando elas, iam em qualquer das quatro direções sem se virarem quando andavam.

15.     Estas rodas eram altas e formidáveis; e as quatro tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor.

16.     E quando andavam os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles; e quando os seres viventes se elevavam da terra, elevavam-se também as rodas.

17.     Para onde o espírito queria ir, iam eles, mesmo para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se elevavam ao lado deles; porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.

18.     Quando aqueles andavam, andavam estas; e quando aqueles paravam, paravam estas; e quando aqueles se elevavam da terra, elevavam-se também as rodas ao lado deles; porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.

19.     E por cima das cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de firmamento, como o brilho de cristal terrível, estendido por cima, sobre a sua cabeça.

20.     E debaixo do firmamento estavam as suas asas direitas, uma em direção à outra; cada um tinha duas que lhe cobriam o corpo dum lado, e cada um tinha outras duas que o cobriam doutro lado.

21.     E quando eles andavam, eu ouvia o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, o ruído de tumulto como o ruído dum exército; e, parando eles, abaixavam as suas asas.

22.     E ouvia-se uma voz por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas.

23.     E sobre o firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia uma semelhança de trono, como a aparência duma safira; e sobre a semelhança do trono havia como que a semelhança dum homem, no alto, sobre ele.

24.     E vi como o brilho de âmbar, como o aspecto do fogo pelo interior dele ao redor desde a semelhança dos seus lombos, e daí para cima; e, desde a semelhança dos seus lombos, e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e havia um resplendor ao redor dele.

25.   Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isso, caí com o rosto em terra, e ouvi uma voz de quem falava.

[11]Reis II, Cap. 2
11 E, indo eles caminhando e conversando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.