Os maçons tornam-se
desnecessários: Quando decorrido algum tempo de sua iniciação ao primeiro grau
da Ordem, já demonstram desinteresse pelas sessões, faltando constantemente,
demonstrando não estarem comprometidos
com a Instituição apesar de terem aceitado a iniciação e terem feito um
juramento solene;
Quando, durante as
sessões, já "enturmados", ficam impacientes com as instruções, com as
palestras ou com a palavra dos Irmãos mais velhos achando tudo uma chatice, uma
bobagem que atrasa o ágape e a esticada;
Quando, ao tempo da apresentação de trabalho para
aumento de salário não têm a mínima idéia dos assuntos dentre os quais podem
escolher os seus temas. Simplesmente copiam alguma coisa de um livro e
apresentam-no, pensando que ninguém vai notar;
Quando, ainda
companheiros começam a participar de grupos para ajudar a eleger o novo
Venerável e não raro, já pensando
seriamente em, assim que chegarem a Mestres, começarem a trabalhar para obter o
"poder" na Loja;
Quando Mestres, não aceitarem que ainda não sabem
nada a respeito da Ordem e acharem que estudar e comparecer ao máximo de
sessões do ano e coisa para a administração, para os companheiros e
aprendizes;
Quando Mestres, se seus pontos de vista forem
inaceitos pela maioria, acharem que estão sendo traídos, que todos estão
errados e procurarem desestruturar a administração com atitudes, atos e
palavras, tentando criar o caos na Loja;
Quando Mestres, ao participarem das eleições
como candidatos a algum cargo na Loja, principalmente para o de Venerável e não
forem eleitos, sumirem ou filiarem-se a outra Loja onde poderão ter a
"honra" de serrem cingidos com a o avental de M\ I\, que é muito mais vistoso do que o
de um "simples" Mestre.
Quando já Mestres e
até participando dos graus filosóficos não terem entendido ainda, que o essencial
para o verdadeiro maçom é o seu crescimento espiritual, a sua regeneração, a
sua vitoria sobre a vaidade e os vícios, a aceitação da humildade e o bem que
possam fazer aos seus semelhantes e que, a política interna, a proteção mútua,
principalmente na parte material é importante, mas não essencial;
Quando, como
Aprendiz, Companheiro ou Mestre, não entenderem que a Loja necessita que suas
mensalidades estejam rigorosamente em dia,
para que possam fazer frente às despesas que são inevitáveis;
Quando, como
Veneráveis Mestres, deixam o caos se abater sobre a Loja, não sendo firmes o
suficiente para exercer sua autoridade; não tendo um calendário com programação
pré-definido para um período; não cobrando de seus auxiliares a consecução
das tarefas a eles determinadas e não se importando com a educação maçônica,
que é primordial para o aperfeiçoamento dos obreiros;
Quando,
como Vigilantes, não entenderem que juntamente com o Venerável Mestre devem
constituir uma unidade de pensamento, pois em todas as Lojas nas quais um ou os
dois Vigilantes não se entendem entre si e principalmente não se entendem com
o Venerável o resultado da gestão é catastrófico
Quando4
como Guardas da Lei, nada sabem das leis e regulamentos da Potência e de
sua própria Loja e usam o cargo apenas para discursos ocos e intermináveis;
Quando,
como Secretários, sonegam à Loja as informações dos boletins quinzenais, as
correspondências dos Ministérios e,
principalmente, os materiais do Departamento de Cultura, que visam
dotar as Lojas de instruções e conhecimentos que normalmente não constam dos
rituais, e são importantes para a formação do maçom;
Quando, como Tesoureiros, não se mostram diligentes com os
metais da Loja, não se esforçam para manter as mensalidades dos irmãos em dia
e não se importam com os relatórios obrigatórios e as prestações de contas;
Quando, como
Hospitaleiros, não estão atentos aos problemas de saúde e dificuldades dos
Irmãos da Loja. (Quando constatamos que
em grande número de Lojas, com uma freqüência média de vinte Irmãos, se recolhe
um tronco de beneficência de R$ 10,00 (dez reais) em média, todos são
desnecessários, pois a benemerência e um dever do Maçom};
Quando, como
Chanceleres, não dão importância aos natalícios dos Irmãos, cunhadas, sobrinhos
e de outras Lojas. Quando, em desacordo com as leis, adulteram as presenças,
beneficiando Irmãos que faltam e não merecem este obséquio.
Quando a Instituição
programa uma Sessão Magna Branca para homenagear alguém ou alguma entidade
pública ou privada, constata-se a presença de um número irrisório de irmãos,
dando aos profanos uma visão negativa da Ordem, deixando constrangidos aqueles
que se dedicaram e se esforçaram para realizar o evento à altura da Maçonaria.
Todos esses Irmãos indiferentes, que não comparecem habitualmente a essas
sessões, são desnecessários à nossa Ordem.
Muito
mais haveria pana se dizer em relação aos Irmãos desnecessários na nossa
Sublime instituição. Fiquemos por aqui e imploremos ao Grande Arquiteto do
Universo que ilumine cada um de nós,
para que possamos agir na Maçonaria com o verdadeiro Espírito Maçônico e
não com o espírito profano, e roguemos ainda, que em nenhuma
circunstância, seja na família, no trabalho, na sociedade ou na Arte
Real, tornemo-nos desnecessários, pois deve ser muito triste e
frustrante para qualquer um sentir-se sem importância e sem utilidade alguma
no meio em que vive.
IRMÃO JOÃO QÜINT - Excelsa ARLS Província de São Pedro - Porto Alegre -
RS
Diretor do Departamento de Cultura e Propaganda do GORGS.