O BODE PRETO DA MAÇONARIA

A Maçonaria durante os séculos de sua existência foi alvo tanto de admiração quanto de condenações, tanto de conhecimento quanto de difamações.

Século de existência e de histórias maçônicas entrelaçadas com o progresso constante e humanidade. Quando ela surgiu, existia uma ordem política e social muito rígida que não admitia liberdades que hoje fazem parte da vida de todos.

Nesta época o cidadão era obrigado a crer e pertencer ao credo instituído pelo soberano do seu país, e a divergência era castigada pela inquisição que baseava seus julgamentos em códigos de leis legítimos e vigentes. O mesmo acontecia em relação à política , reinava o absolutismo . Os senhores governantes , reis, imperadores e grão duques ditavam as leis em nome de Deus e do Reino.

A Maçonaria surgiu com aqueles que não concordavam com uma humanidade na qual cada um pudesse crer a sua maneira e ter o direito de expressar a sua opinião livremente, sem que seja condenado, desterrado ou queimado.

Estes cidadãos “livres pensadores” puseram em cheque a ordem então existente, veio em conseqüência a “Excomunhão” dos maçons pelo Papa Clemente XII em 1738 e alguns soberanos acompanharam o severo castigo contra aqueles que ousaram sublevar por intermédio de ideais de liberdade a ordem existente.

Especialmente os países latinos orientados espiritualmente por Roma, acompanharam a tendência hostil, que era muito conveniente porque defendia o seu absolutismo estatal.

Ao contrário das colônias daquela época , entre as quais o Brasil , elas estavam evidentemente abraçando os ideais de liberada apesar de severa repressão dos “exploradores” tiveram uma rápida expansão da Maçonaria em todos os meios, inclusive entre os sacerdotes e dirigentes da igreja católica local.

Em Paris, nesta época de perseguições freqüentes dos maçons, conta a lenda, aconteceu um caso bastante engraçado, que deu aos maçons um apelido duradouro.

Um cardeal , Ministro Presidente do Governo, conta a narrativa, expedira ordem de prisão contra todos os maçons, entre eles também do chefe de polícia que fazia parte desta confraria,. Ele era morador de uma mansão situada num lindo parque com jardins. O Ministro instruiu um guarda de confiança que deveria prender este maçom, explicando a ele que os maçons estariam pactuando com o diabo e por isso o guarda deveria estar bastante atento, porque o “maldonado” poderia lhe fazer algo de mal.

O guarda cônscio de sua importante incumbência, montou guarda no parque, em frente da casa com uma natural tensão provocada pelo perigo de provável encontro com o diabo. Acontece que o maçom caçado tinha um hobby curioso, ele criava um bode preto no seu parque, o qual como um bom guarda atacava os intrusos ou estranhos. Assim, o guarda inesperadamente foi atacado por de traz por uma cabeçada do bode, o guarda caiu e quando viu o bode preto, um dos símbolos do mal para os supersticiosos, convicto de se tratar do diabo, correu apavorado até o Ministro, relatando o seu encontro com o “mandatário do inferno”.

Diz esta lenda, que desde aquela época os maçons levaram o apelido de “Bode Preto”

E aqueles que ansiosos de adicionar mais alguma prova contra os maçons, se alegraram com este "fato autêntico de pacto", dos Maçons com o Diabo.

Mudaram os tempos, as relações com aqueles que condenavam a Maçonaria melhoraram.

A Maçonaria conseguiu introduzir no mundo o sentido profundo da liberdade e direitos do homem. A concepção religiosa do diabo também evoluiu, todavia o apelido do “Bode Preto” continua, como fator curioso e alegre, quando se fala de Maçons.